Como se reinventar na área da comunicação?

Uma das questões que muitos profissionais da comunicação social acabam se fazendo em algum momento de suas carreiras é: “Como se reinventar como profissional?” Esse questionamento surge, por exemplo, motivado pela evolução da tecnologia que está cada vez mais rápida. Com isso, muitas pessoas enfrentam dificuldades para acompanhar e se adaptar.

No século XIX, a televisão e o rádio revolucionaram a comunicação em massa. Anos depois, com a criação da internet, novos e grandes avanços chegaram e continuam a chegar. Nayara de Oliveira, empresária da Agência Kong Creative, formou-se no ano de 2018, em Publicidade e Propaganda, pelo Centro Universitário de Maringá (UniCesumar). Ela lembra que, durante a graduação, não estudou sobre materiais digitais. “No começo achei que tinha perdido a graduação que tinha feito, já que tudo era digital”, conta Nayara. Então, percebeu que para se reinventar precisava analisar o mercado e as tendências. Foi assim que descobriu que a forma mais adequada de prosseguir seria através do chamado marketing 360º. Esse conceito, busca estratégias de atração, conversão e fidelização de clientes de forma mais abrangente que a tradicional, envolvendo o uso de diferentes mídias e canais de comunicação para alcançar o público-alvo.

 A docente do curso de Comunicação e Multimeios Ana Cristina Teodoro da Universidade Estadual de Maringá, compartilha que a graduação é um começo. “Os estudos, as leituras e o aprimoramento são tarefas de uma vida”. A capacidade de identificar os problemas da comunicação de maneira crítica é um passo fundamental para acompanhar as mudanças. “O mais importante é saber problematizar as mudanças, entender porque elas ocorrem, como ocorrem e o que fazer com elas”, destaca.Segundo a professora, é necessário ficar em alerta e  desconfiarmos das supostas “reinvenções”. “Será que o que é dito de novo é realmente novo?”, questiona. Ela aconselha a todos os estudantes e profissionais da área da comunicação social a permanecerem estudando e sendo críticos, de forma a questionar se trabalham com algo que expresse o seu ser, algo que os motive em direção a um trabalho satisfatório.